11/02/2016 | 10h53 - Publicado por: Assessoria CRO-PI
Doenças bucais podem surgir após o carnaval; presidente do CRO/PI alerta para cuidados

O destino de muitas pessoas alguns dias após as festas de carnaval terminam nos consultórios odontológicos. Isso se deve a alta incidência, nesse período, da mononucleose infecciosa, doença contagiosa, transmitida por vírus através da saliva. Conhecida como “doença do beijo”, é comum ocorrer naqueles que aproveitam a folia do carnaval beijando diferentes pessoas sem muito cuidado. Febre, cansaço, dor de garganta e nódulos no pescoço são alguns dos sintomas da doença.

A saliva possui bactérias naturais para a defesa de algumas doenças, assim como abriga e pode ser porta de entrada para vírus e bactérias que transmitem doenças como a mononucleose infecciosa. A doença também pode ser transmitida por espirro, tosse ou qualquer outro contato com a saliva. Uma vez contaminado, o indivíduo pode abrigar o vírus por até 18 meses, mas o período de contato até a aparição de sintomas, costuma ser de 4 a 8 semanas.

O cirurgião-dentista e presidente do Conselho Regional de Odontologia do Piauí (CRO/PI), Antônio Francisco Costa, alerta que devido ao período de incubação e a semelhança dos sintomas com outras doenças, pode dificultar o diagnóstico. “É necessário procurar um atendimento médico que poderá indicar o diagnóstico através de exames. O idela é que as pessoas não descuidem da saúde bucal, principalmente após o carnaval”, alerta o especialista.

Risco de DSTs

Antônio Francisco Costa ressalta que, além dos vírus e bactérias comumente transmitidos pela saliva, é possível também a transmissão de Hepatite B e Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs) através da cavidade bucal, como gonorreia e sífilis. “Os casos de DSTs, infelizmente, ainda são comuns de surgirem após as festas de carnaval, resultado do não uso de preservativos nas relações sexuais”, afirma o cirurgião-dentista.

O presidente do CRO/PI, destaca ainda que as doenças relacionadas à saúde bucal ou que possam ser transmitidas através da cavidade oral, são detectadas pelo cirurgião-dentista. “Os cirurgiões-dentistas são os profissionais preparados para esse atendimento e podem prestar a assistência adequada para quem apresentar sintomas dessas doenças. O diagnóstico precoce pode ser decisivo no sucesso do tratamento”, completa o cirurgião-dentista, Antônio Francisco Costa. 

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