13/03/2015 | 14h55 - Publicado por: Assessoria CRO-PI
Mau hálito matinal: se não controlado, pode causar AVC
Apesar de ser fisiológico, o mau hálito matinal exagerado pode causar problemas sérios para a saúde da boca e do corpo

Aquele mau hálito matinal que todo mundo tem (uns mais, outros menos) é fisiológico, ou seja, é um processo normal do organismo. Porém, se não for controlado, pode causar problemas nos relacionamentos e até outras doenças mais sérias.  

A principal causa da halitose matinal é o jejum. “O jejum prolongado durante a noite faz com que queimemos gorduras de dentro das células para manter nossa energia. Essas gorduras quebradas produzem um ácido graxo (com cheiro de manteiga rançosa) que cai na corrente sanguínea e escapa durante a respiração”, diz Olinda Tarzia, diretora científica do CETH (Centro de Excelência no Tratamento da Halitose).

Outro motivo para o hálito não estar muito bom nos primeiros minutos do dia é que, durante a noite, a produção de saliva (detergente natural da boca) é reduzida. “Sem a ação antimicrobiana intensa da saliva, as bactérias que se alimentam de restos de alimentos e descamação bucal, e produzem um cheiro ruim, se proliferam com mais facilidade na cavidade bucal”, diz a especialista. 

Quando o hálito matinal é exagerado
No entanto, apesar de comum, quando o mau hálito é muito forte pela manhã, é sinal de que alguma coisa está fora de controle. “A halitose excessiva ao acordar indica contaminação bucal por essas bactérias patogênicas que, ao se instalarem entre a gengiva e o dente, podem provocar sangramento e vários problemas bucais”, diz Olinda. 

A halitose excessiva ao acordar indica contaminação bucal por bactérias patogênicas que podem provocar sangramento e vários problemas bucais Foto: InesBazdar / Shutterstock
 

Em situações ainda mais graves (no caso do problema não ser tratado), essas bactérias podem cair na corrente sanguínea e se alojar em alguns órgãos causando vários problemas pelo corpo. “Essa bactéria pode estar relacionada ao AVC (do tipo seco), problemas cardiovasculares, gastrites, pneumonias, problemas renais, eclampsia em gestantes, parto prematuro, etc”, diz a especialista. 

O parceiro deve ajudar 
Quando se fala de mau hálito e relacionamentos, logo vem a cabeça problemas conjugais. Mas na verdade, segundo Olinda, é dever do(a) parceiro(a) ajudar a identificar o problema. “Sempre acho que a melhor maneira é dizer claramente que a pessoa está com mau hálito e sugerir que ela vá ao dentista por questões de saúde”, diz a especialista.

 

Fonte: Terra

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