24/05/2016 | 10h23 - Publicado por: Assessoria CRO-PI
Ortopedia Funcional: conheça essa especialidade da Odontologia

Muitas pessoas sentem alguns problemas com reflexos na boca como estalos, dores para mastigar, entre outros, e não sabem do que se trata e, muitas vezes, nem onde procurar ajuda. Mastigação ruim ou só de um lado, mastigar com a boca aberta, dificuldade em triturar alimentos são alguns dos problemas que podem ser resolvidos pela Ortopedia Funcional dos Maxilares – especialidade da Odontologia que entra em ação quando alguma alteração no funcionamento da boca é diagnosticada.

Segundo o cirurgião-dentista e especialista, Dr. Eduardo Sakai, a Ortopedia Funcional dos Maxilares é um modo diferente de tratar as necessidades no uso de aparelhos, fazendo uso de aparelhos móveis e soltos dentro da boca, que agem na parte superior e inferior, é um tratamento que pode e deve começar quando indicado (mesmo na dentição de leite, quando as necessidades são menores e os resultados são melhores). É uma maneira de tratar sem dor, sem risco para raízes dos dentes permanentes e os ossos onde os dentes estão situados. A Ortopedia Funcional dos Maxilares pode, também, tratar de problemas da articulação temporo-mandibular.

No Brasil, a Ortopedia Funcional dos Maxilares foi reconhecida pelo CFO e pela classe odontológica como especialidade da odontologia em 2001 e busca tratar da boca fazendo uso de forças captadas dela mesma, vindas dos músculos e do funcionamento correto da boca. “Em tratamento ortopédico funcional não fazemos uso de força estranha à boca e, com isso, não acontece dor por conta do tratamento. Na ortopedia funcional podemos iniciar o tratamento durante a dentição de leite, daí ser muito raro indicarmos a extração de dentes permanentes, pois que tratamos com o crescimento natural da boca e do organismo”, afirma Sakai que é Conselheiro efetivo do Conselho Federal de Odontologia (CFO).

Mordidas cruzadas uni ou bilaterais, crescimento insuficiente da mandíbula (parte inferior da boca), crescimento em excesso da mandíbula (pessoa ¨queixuda¨), respirador bucal, problemas/estalos na ATM, apinhamento de dentes de leite ou na troca de dentição, a falta de espaço para os dentes permanentes são sintomas mais frequentes que mostram a necessidade de procurar um especialista em Ortopedia Funcional.

Dr. Sakai, que também é Diretor Científico da Sociedade Paulista de Ortodontia, diz que a idade ideal para se iniciar um tratamento é por volta dos 2 ou 3 anos de idade. Mas, os problemas funcionais e suas consequências morfológicas podem ser diagnosticados e tratados com Ortopedia Funcional dos Maxilares em idades mais avançadas, inclusive adultos.

Um tratamento de Ortopedia Funcional dos Maxilares adequado vai proporcionar à pessoa melhora sensível na qualidade de vida de um modo geral, com uma melhor mastigação, com isso aproveita-se mais e melhor os nutrientes da alimentação; digestão melhor e sem dificuldades; possibilidade concreta de se alimentar fazendo uso de alimentos e não de produtos industrializados/pasteurizados/processados/picados/cozidos. Outro benefício do tratamento é a melhora da capacidade de respiração pelo nariz. O tratamento também pode influir positivamente na diminuição e mesmo no controle do ronco e da apnéia.

“A ortopedia funcional dos maxilares pode conseguir estimular, na devida época, o crescimento que esteja defasado, contribuindo e muito na solução de faltas de espaços para o posicionamento de dentes nas arcadas, melhorando com isso, a expectativa de vida longa a uma dentição saudável (sem problemas periodontais, articulares, e outros)”, afirma o professor coordenador do Curso de Especialização em Ortopedia Funcional dos Maxilares, ministrado na APCD – Jardim Paulista.

De acordo com o especialista, Pós Doutor pela Boston University (USA), é aguardado em breve a implantação e o oferecimento de tratamento com ortopedia funcional dos maxilares no sistema público de saúde (através dos centros de especialidades odontológicas – CEO), que ampliarão, desta forma, o mercado de trabalho para o especialista em OFM. “Esperamos conseguir incluir o seu ensino nos cursos de graduação, pois entendemos ser importante o acesso às informações das novas especialidades aos colegas, e com isso, eles serão melhor e mais consistentemente formados, podendo oferecer mais e melhores opções de tratamento aos seus pacientes”, conclui Dr. Eduardo.

Mitos sobre a especialidade:

A ortopedia funcional dos maxilares só atende a crianças e adolescentes.

R- A idade ideal é por volta dos 2 ou 3 anos de idade, mas os problemas funcionais e suas consequências morfológicas podem ser diagnosticados e tratados pela Ortopedia Funcional dos Maxilares em idades mais avançadas, inclusive adultos.

Os tratamentos não são terminados somente com o seu uso.

R- Isso é um mito.

Ela nasceu da separação da outra especialidade que usa aparelhos: R-Impossível separar uma da outra – a ortopedia foi reconhecida como especialidade odontológica, e não separada.

Comunicação do CFO

Eduardo Sakai é graduado pela FOP/UNICAMP; especialista em Ortopedia Funcional dos Maxilares; professor coordenador do Curso de Especialização em Ortopedia Funcional dos Maxilares, ministrado na APCD – Jardim Paulista; ex- Presidente da Academia Brasileira de Ortopedia Funcional dos Maxilares (ex- ABFCOC); ex-Presidente da Confederação Brasileira de Ortopedia Funcional dos Maxilares (CBOFM); ex – Presidente do Grupo de Entidades da Ortopedia Funcional dos Maxilares do Brasil (GOB); Diretor Científico da Sociedade Paulista de Ortodontia; Professor consultor de Ortopedia Funcional dos Maxilares , do Circulo Argentino de Odontologia; Professor do Centro Internacional de Investigações Biomecânicas  (Miami,Fl- USA); Professor convidado pela Universidad de Buenos Aires (Ortopedia Funcional de los Maxilares); Mestre em Patofisiologia de Orgãos e Sistemas (UNIMES); – Doutor em Morfologia (Anatomia – Eletromiografia), pela FOP/UNICAMP; Pós Doutor pela Boston University (USA);  autor de livros, capítulos e artigos publicados no Brasil e no Exterior; Conselheiro Efetivo junto ao Conselho Federal de Odontologia, pelo Estado de São Paulo.

 

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